epa11930624 US President Donald Trump (L) greets Ukrainian President Volodymyr Zelensky (R) outside the West Wing of the White House in Washington, DC, USA, 28 February 2025. Zelensky is in Washington to sign the framework of a deal, pushed by President Trump, to share Ukraines’s mineral wealth with the US. EPA/SHAWN THEW© SHAWN THEW/EPA
Por: Madalena Moreira
Quando Volodymyr Zelensky entrou na Casa Branca no dia 28 de fevereiro, estava em cima da mesa o “acordo das terras-raras”, como o seu homólogo norte-americano tinha vindo a classificar. O acordo nunca chegou a ser assinado. A primeira visita do Presidente ucraniano a Donald Trump em Washington acabou com uma discussão e uma recusa por parte dos Estados Unidos em prosseguir com a assinatura. Ao fim de mais de dois meses, este acordo foi finalmente assinado na passada quarta-feira.
As semanas desde o momento tenso na Sala Oval foram marcadas por múltiplas reuniões entre os dois países, que culminaram com um segundo encontro entre os chefes de Estado: duas cadeiras colocadas na Basílica de São Pedro para 15 minutos de conversa, momentos antes do funeral do Papa Francisco. O acordo dos minerais “foi o primeiro resultado” deste momento, afirmou Zelensky. Contudo, os dois meses de “atraso” na assinatura do acordo acabaram por se revelar vantajosos para a Ucrânia, já que os termos acordados esta semana são bastante mais positivos para Kiev do que os de fevereiro. “Agora, é verdadeiramente igualitário”, acrescentou o Presidente ucraniano.
Mas os meses também fizeram crescer a “frustração” de Donald Trump com os lentos progressos nas negociações para um cessar-fogo. Membros da administração Trump assinalaram que a assinatura do acordo é uma “proposta concreta” e um “sinal para a Rússia” de que os EUA vão continuar a mediar uma proposta para alcançar a paz. Ou seja, o acordo é uma vitória concreta para Donald Trump, uma prova de que a sua mediação de um fim para a guerra está, finalmente, a ter frutos.