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O QUE É A DOENÇA VENOSA CRÓNICA, QUE AFETA TRUMP?
Publicado em 19/07/2025 11:19
ACTUALIDADE

História de Tiago Caeiro

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofre de doença venosa crónica. Esta condição, rara em homens e mais comum em idosos, foi-lhe diagnosticada através de exames, que o chefe de estado norte-americano realizou depois de mostrar “um ligeiro inchaço nas pernas” e nódoas negras numa das mãos, segundo a Casa Branca.

A DVC é a patologia vascular mais frequente, com uma prevalência estimada nos países ocidentais de 40% nas mulheres e 17% nos homens, segundo um artigo publicado na revista da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular. A prevalência da doença tende a aumentar com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 70 anos.

Apesar de ser, na maior parte dos casos, uma condição benigna, a DVC pode gerar complicações, responsáveis por dor crónica e incapacitante e por uma deterioração da qualidade de vida dos doentes.

Também o seu impacto socioeconómico é significativo, com estimativas a apontar para a perda de 2 milhões de dias de trabalho por ano só em Portugal e reforma antecipada em mais de 12% dos doentes.

Quais os sintomas?

Os sintomas da DVC são sensação de peso, cansaço ou dor nos membros inferiores. Podem também ocorrer cãibras noturnas, formigueiro, hiperpigmentação da pele, inchaço, veias varicosas (commumente designadas por varizes). Se não for tratada, a doença pode desencadear derrames venosos ou úlceras, o que aumenta o risco de complicações mais graves — como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Aproximadamente 30% dos doentes têm um agravamento da doença após cinco anos sem tratamento.

Quais as causas?

A idade avançada, a história familiar e o género são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de DVC. Para além disso, há outros fatores de risco como permanecer em pé durante largos períodos do dia ou com as pernas cruzadas, uma vida sedentária, exposição solar prolongada ou usar roupa apertada. Também a gravidez e a contraceção oral podem agravar a doença.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, feito geralmente sem recurso a meios de diagnóstico, e com base na historial médico e no exame físico. No entanto, a avaliação pode ser complementada por um eco-Doppler, um exame que mede o fluxo sanguíneo.

Como é feito o tratamento?

O tratamento farmacológico está indicado para a DCV (de modo a melhor o fluxo sanguíneo e a diminuir a inflamação), mas normalmente é recomendado em associação com a terapêutica compressiva com faixas elásticas (que serve para diminuir o inchaço e o desconforto) e elevação das pernas acima da altura do coração.

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