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UM PLANO MUITO BEM MONTADO": DIRETOR DA FACULDADE DE MEDICINA DO PORTO ACUSA O REITOR DE "MENTIR" POR RAZÕES "DE NATUREZA POLÍTICA
Por Miguel Filho
Publicado em 06/09/2025 15:33
ACTUALIDADE
"Um plano muito bem montado": diretor da Faculdade de Medicina do Porto acusa o reitor de "mentir" por razões "de natureza política" © CNN Portugal

O Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Altamiro da Costa Pereira, acusou o seu próprio reitor, António Sousa Pereira, de mentir sobre alegadas pressões para a entrada de 30 alunos no curso de Medicina.

“O senhor reitor está a mentir”, começa por afirmar em entrevista à CNN Portugal. “Quando havia imensas razões para celebrar o excelente trabalho que a Faculdade tem feito ao longo destes anos, é precisamente aí que surge esta polémica e que o reitor ataca o bom nome da Faculdade. Isso para mim é completamente incompreensível.”

“Em boa verdade, em 2019 não foram 30 que não entraram ou não tiveram nota mínima, os tais 14 valores, foram 37. Nessa altura, o senhor reitor permitiu a entrada sem levantar qualquer problema.”

O diretor da Faculdade acusa ainda o reitor de “falta de coerência, de solidariedade e de lealdade” para com a instituição. “Desde 2019 que a Faculdade de Medicina infelizmente não tem modificado o seu procedimento. É obrigada por lei a comunicar aos candidatos tudo aquilo que se passa ao longo de uma série de decisões e de atas que é feito pela comissão de seleção. Só no final é que o senhor reitor se pronuncia. Ora, isto está errado”, diz Altamiro da Costa Pereira, apontando que a atitude do reitor teve implicações pessoais e institucionais e colocou em causa o bom nome da Universidade.

A polémica surgiu depois de o semanário Expresso ter avançado, esta sexta-feira, que o reitor da Universidade do Porto denunciou ter recebido pressões de várias pessoas “influentes e com acesso ao poder”, sem querer adiantar nomes, para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso (14 valores). A acusação foi posteriormente desmentida pelo próprio ministro da Educação, Fernando Alexandre, que acusou o reitor de ter mentido.

 

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